Um passeio que junta a grandiosidade natural e a histórica da Região.
Os campos primaveris.
Logo cedo partimos de Marialva em direção a Freixo de Numão, mais especificamente, para a Estação Arqueológica do Prazo, o Machu-Pichu de Portugal.
Destino n.º 1 - Estação Arqueológica do Prazo
Fomos chegando por estradas cada vez mais estreitas, e num trecho haviam muitos galhos dos dois lados da estrada. Resolvemos não arriscar riscar as janelas do motorhome, então paramos um tanto longe do local, o que proporcionou uma caminhada de um pouco mais de 1 km naquela bela manhã, em um local rural e isolado.
A Estação localiza-se dentro de Freixo de Numão, em um cruzamento de caminhos (antigas vias romanas) no sítio da Pedra Escrita, no começo de um vale fértil denominado Vale de São João ou Sã Joana, que vai dar no rio Douro. O panorama é muito bonito, afloram os rochedos, as plantações de oliveiras, amendoeiras e vinhas, características desta região.
Tem um estacionamento, para quem for de carro ou moto. E logo na chegada há um monumento.
E logo ali estão as demais ruínas.
Vestígios da "Pars Frutuária" da vila romana.
As Ruínas da Estação Arqueológica do Prazo são dos vestígios arqueológicos mais interessantes e bem preservados de Portugal. A grande quantidade de vestígios arqueológicos leva alguns a chama-la de Machu Picchu português.
Este forno de cozer pão pode muito bem continuar funcionando.
Um menir também está lá.
Esta água matou a sede de muitas civilizações.
O local mostra-nos a sucessão de ocupações desde o neolítico antigo, mesmo de períodos anteriores, até à idade média.
Um lugar que foi sendo construído e destruído por milhares de anos, e encontra-se a alguns séculos abandonado.
Quando nos encaminhávamos em direção ao motorhome, passou
por nós um pastor, que conduzia seu rebanho. Perguntamos que castelo era esse que podíamos ver dali:
Nos explicou que aquele era o Castelo de Numão. Neste interim, uma ovelha saiu do caminho e foi comer a plantação. Então o homem interrompeu a conversa, pegou uma pedra de um tamanho considerável e jogou no bicho. O barulho que fez quando a pedra acertou o lombo do animal sugere que ele deve ter sentido algo, pois, após alguns berros nada carinhosos de seu tutor, logo voltou a estrada.
Saímos dali e passamos por Vila Nova de Foz Côa, reabastecemos o motorhome e seguimos em frente
Destino n.º 2 - Miradouro de São Gabriel, Castelo Melhor
Na verdade, não sabíamos onde iríamos passar aquela noite, mas quando chegamos no alto do miradouro de São Gabriel, e ameaçou chover, soubemos na hora.
Castelo Melhor tem 228 habitantes, possui sete sítios de arte rupestre, alguns declarados patrimônio mundial pela Unesco
Vista da localidade de Castelo Melhor
"Os montes encimados por ermidas brancas no entorno da vila têm o nome de santos, devoção popular antiga, necessária à resistência contra o clima, as doenças, as más safras e o demo."
Neste buraco ao fundo, passa o rio Douro
O silêncio deste lugar é algo impressionante. Curiosamente, desta vez um outro pastor, era o único que quebrava a monotonia da paisagem. Gritava com suas ovelhas palavras que enriqueceram nosso repertório de xingamentos em língua portuguesa.
Por aqui ficamos a noite, com muitas estrelas e silêncio profundo, pois o pastor já havia ido dormir.
Noutro dia fomos por Almendra até o miradouro Peneda-Durão, à beira do rio Douro.
A viagem continua aqui .
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