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Foto do escritorLugatto

24) De Castelo Melhor a Penedo-Durão, por Almendra, Figueira de Castelo Rodrigo, Escalhão e Sapinha

Atualizado: 26 de set. de 2022

Passamos nosso último dia na região da Guarda, e adentramos em Trás-os-Montes na região dos Parques do Douro.


Visão do rio Huebra desaguando no Douro, a partir do mirante de Penedo Durão.

Partimos de Castelo Melhor depois de aproveitar mais um pouco aquela bela vista do miradouro.


Seguimos para Figueira do Castelo Rodrigo, mas antes paramos na localidade de Almendra.



Destino n.º 1 - Almendra


A localidade também possui alguns sítios de ocupação pré-histórica e da mesma forma que os locais anteriores, também foi dominada por pré-romanos, romanos, bárbaros e mouros, dos quais mantêm seu nome até hoje. Aliás, Almendra significa amêndoa, em espanhol, derivado do árabe.



A casa que aparece acima é a Casa de Almendra de 1743, e diz-se pela vila que a casa não foi terminada por ordem do rei, quando soube que em Almendra estava sendo construída uma casa que concorreria com a sua em tamanho e beleza. A casa realmente destoa de toda a região, é muito imponente.


E então seguimos em frente.


Destino n.º 2 - Figueira de Castelo Rodrigo


De Almendra até aqui foram aprox. 25 km sem praticamente sem habitações, numa estrada bem conservada, em paralelo ao vale do rio Côa. Uma viagem contemplativa e profunda.

Castelo Rodrigo também é uma das Aldeias Históricas de Portugal, e é premiada com a distinção de uma das 7 Maravilhas de Portugal – Aldeia Autêntica.



Começamos conhecendo a vila, que está bastante conservada e com um bom aspecto.

Disse José Saramago em 2009: " De Castelo Rodrigo eu conservava a imagem de há trinta anos, quando lá fui pela primeira vez, uma vila velha decadente, em que as ruínas já eram só uma ruína de ruínas, como se tudo aquilo estivesse a desfazer-se em pó. Hoje vivem 140 pessoas em Castelo Rodrigo, as ruas estão limpas e transitáveis, foram recuperadas as fachadas e os interiores, e, sobretudo, desapareceu a tristeza de um fim que parecia anunciado. Há que contar com as aldeias históricas, elas estão vivas. Eis a lição desta viagem."

Após uma caminhada pelo vilarejo, levamos o motorhome em direção ao Castelo, que fica a 2,5 km dali morro acima.


Entrada da cidade murada


Uma bela cidade murada que era guardada por uma verdadeira fortaleza, erguida pelo rei de Leão no começo do séc. XIII, e foi reformada pelo rei português no final do mesmo século, tomando posse definitiva para Portugal.


Dois ângulos diferentes, desenhado em 1510.





Fizemos um passeio pelo agradável local


A ocupação moura está representada com um raro e belo, poço/cisterna com duas portas, com um arco gótico mais recente e outro mourisco e uma estranha inscrição islâmica numa habitação.



Este poço/cisterna é o monumento mais a norte do território português com origem muçulmana.


Detalhes de uma igreja na cidade murada.


Satisfeitos, principalmente pela bela paisagem, pensamos em subir até o pico da Serra da Marofa, mas resolvemos poupar o motorhome de mais um aclive acentuado. Então, deixamos Castelo Rodrigo em direção ao norte, rumo ao rio Douro.


Destino n.º 3 - Escalhão


Paramos na localidade de Escalhão, com o propósito de comprar alguma coisa, não conseguimos nada, além desta foto da igreja matriz.


O local tinha um clima meio faroeste, alguns nos olharam como quem pensa "quem são os forasteiros?". Nada demais, mas seguimos andando.


Dica n.º 4 - Alto da Sapinha


Aqui começa nossa aventura pelo Parque Natural do Douro Internacional. Por 112 quilômetros, o Douro forma a fronteira entre Portugal e Espanha. Esta é uma área isolada, dominada por dois parques nacionais: o Parque Natural do Douro Internacional (do lado português) e o Parque Natural dos Arribes del Duero (na margem de Zamora). Ambos os parques são um lugares maravilhosos para os amantes da natureza explorarem.


O miradouro do Alto da Sapinha sobre o vale do rio Douro é um espetáculo. Dali tem-se uma sublime visão que contempla o planalto de Salamanca e Zamora, e também os recortes rochosos que se prolongam até Barca de Alva, lá embaixo, para onde estamos indo.


Neste ponto, o rio Douro inicia o percurso em território português, passando a dividir as províncias da Beira Alta e de Trás-os-Montes, sim senhor!


Este local têm enorme importância para as aves de grande porte. Observando-se grifos, águias, britangos e até o tímido Bufo-real, que no vale do rio Águeda tem o seu local de nidificação.


Seguimos em direção ao miradouro de Penedo Durão, e no caminho paramos em alguns locais




Destino n.º 5 - Miradouro de Penedo Durão


Sobre toda esta magnífica paisagem encontra-se o Miradouro do Penedo Durão, um miradouro a 550 metros de altura na margem do rio Douro. Do miradouro vê-se a Barragem de Saucelle espanhola e o rio espanhol Huebra, ao encontro do Douro.



A rodear os rios estão as serras, cobertas de verde. Aqui e ali vê-se pequenas estradas, indo para o outro lado. É uma área isolada, dominada pela natureza. É o lar de vários animais, dos quais você pode ver o grifo e a águia dourada, se tiver sorte.


A área de merendas do miradouro também é muito bonita e agradável



E as aves de rapina protegidas estavam por lá.



A Lusa passou a noite pelo estacionamento do miradouro mesmo! Nada mal.



No outro dia seguimos para Freixo de espada a cinta.


A viagem continua aqui

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